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Um fósforo aceso causou o pior incêndio do metrô de Londres


Foto: London Fire Brigade


Quem nunca enxergou como exagero ter que ver as aeromoças falarem sobre segurança, saídas de emergência e máscaras de oxigênio todas as vezes em que precisou viajar de avião?


E quem nunca considerou como despesa os investimentos em extintores, hidrantes, sistemas e equipamentos de prevenção e combate a incêndio em prédios, indústrias e estabelecimentos comerciais?


Sempre temos a sensação de que tudo isso não passa de obrigação. Mas e quando vivemos uma situação de emergência?


Foi o que aconteceu na estação King´s Cross do metrô de Londres em 18 de novembro de 1987, por onde passavam mais de 250 mil passageiros por dia naquela época.


Um funcionário que recebia bilhetes no saguão principal da estação foi alertado de que havia um pequeno lenço de papel com fogo em uma escada rolante feita de madeira e com corrimão de borracha.

O funcionário buscou o lenço, apagou as chamas e deu o assunto por encerrado. Não informou o departamento de segurança contra incêndio e muito menos os bombeiros.


Passados quinze minutos, outro passageiro percebeu fumaça quando utilizou a escada rolante e o inspetor de segurança do metrô foi chamado.

Um terceiro passageiro notou fumaça e um clarão na escada e acionou o botão de parada de emergência.


Um policial também percebeu fumaça e fez contato com a delegacia. Já tinham se passado 22 minutos desde que a existência do lenço de papel com fogo havia sido relatada ao funcionário de King´s Cross quando a escada rolante foi finalmente interditada.


O que os passageiros não sabiam era que, embora a estação tivesse um sistema de combate a incêndio com um conjunto de sprinklers projetado para incêndio em escadas rolantes, os funcionários do metrô não tinham sido treinados para usar o equipamento nem os extintores.


Para piorar, as plantas com o desenho da estação e informações sobre hidrantes estavam trancadas em uma sala da qual nenhum funcionário tinha a chave.

Mais 8 minutos se passaram e uma fumaça preta já era vista no teto da bilheteria da estação. As labaredas cresciam e o pânico se instaurou.


Então foi constatado que o metrô estava despreparado para combater incêndios: 31 pessoas morreram e outras dezenas ficaram feridas. O fogo só foi totalmente apagado pelos bombeiros seis horas após a descoberta do lenço em chamas.


E pensar que a tragédia pode ter começado com a queda de um palito de fósforo aceso em um vão de uma escada rolante, segundo consta no site da London Fire Brigade (Brigada de Incêndio de Londres - www.london-fire.gov.uk).


Será mesmo que os equipamentos de prevenção e combate a incêndio e o treinamento de funcionários são obsoletos? 


Vinícius Silveira

Diretor da Apoio – Projetos, Instalações e Consultoria e

da On Line – Projetos, Desenhos e Plotagens


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