Qual gestor nunca, por um segundo que seja, pensou em segurança no trabalho como uma obrigação ou uma despesa?
Gosto sempre de relembrar a história de Paul O´Neill à frente da Alcoa e de como sua gestão focada em acidente zero transformou a gigante do alumínio e gerou lucros inimagináveis.
A Alcoa havia cometido vários erros consecutivos ao tentar expandir suas linhas de produtos, o que refletiu nas finanças da companhia e, consequentemente, desagradou os acionistas com investimentos milionários.
O´Neill era praticamente um desconhecido em Wall Street quando aceitou o convite para ser o diretor executivo da empresa, a Aluminium Company of America (Alcoa), e assustou os investidores ao escolher a segurança no trabalho como a estratégia para colocar a companhia de volta aos trilhos.
Todos acreditavam que o gestor e sua estratégia eram novos erros da empresa.
Contudo, em uma década, o então diretor executivo transformou uma das mais arcaicas e perigosas indústrias dos EUA em uma das mais seguras e rentáveis do país. O faturamento líquido da Alcoa cresceu 500% e a capitalização de mercado aumentou em 27 bilhões de dólares.
O segredo? O sistema proposto por O´Neill para a redução de acidentes exigia que ele fosse comunicado de cada ocorrência em, no máximo, 24 horas e que o comunicado fosse acompanhado da solução definitiva para a causa do acidente
A exigência do gestor gerou um processo preventivo que "contagiou" não apenas os colaboradores da produção mas também aqueles de outros setores das várias unidades da companhia ao redor do mundo.
O resultado não poderia ser outro. A sinergia nasceu entre os colaboradores e o que parecia ser apenas obrigação se tornou sinônimo de alavanca de lucros.
E você? O que pensa a respeito de Segurança no Trabalho?
Considera obrigação, despesa ou diferencial para a sua empresa?
Ou você tem outra opinião?
Vinícius Silveira
Diretor da Apoio – Projetos, Instalações e Consultoria e
da On Line – Projetos, Desenhos e Plotagens
Imagem de Kepinator por Pixabay.com